sábado, 1 de dezembro de 2012

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CECILIA ROCHA DESENCARNA


Retornou ao mundo espiritual, na madrugada no dia 5 de novembro, no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Santa Marta, no Distrito Federal, a incansável servidora da causa espírita, especialmente da Evangelização Espírita de Crianças e Jovens, a gaúcha Cecília Rocha , 93 anos de idade.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

CCEPA NA MÍDIA


Mensalão – seu sentido histórico
Com a condenação, já delineada, das figuras mais representativas do chamado “mensalão”, a frase que mais e ouve é: “Quero ver, mesmo, é se esses figurões vão para a cadeia”.
          É como se dissessem:
- Está bem, agora todo o mundo sabe que eles cometeram crimes muito graves, examinados detalhadamente por juízes sábios e justos. Estes mesmos julgadores vão, a seguir, calcular as penas cabíveis para os crimes cometidos. Mas, e daí? Isso de nada valerá, não terá nenhum significado, enquanto não os virmos no fundo de uma cadeia, de preferência dividindo cela com assaltantes, traficantes, estupradores e toda essa classe de gente que se quer ver bem longe de nós! Ah! e tem mais: se as penas aplicadas forem de 15, 20 ou 30 anos, que eles fiquem lá por esse mesmo tempo. Sem essa de, logo, serem beneficiados com livramento condicional, saídas temporárias, prisão aberta ou coisas parecidas.
       Quem lida com o Direito, sabe muito bem que, na prática, as coisas não funcionam assim. Que, talvez, muitas sessões aconteçam, ainda, no Supremo, até que se desempatem votos, se calculem e se fixem as penas, se proclamem resultados, se redijam e publiquem acórdãos. Depois, virão os recursos. Novas sessões. Muitos debates. Longos votos. Posições divergentes a definir, primeiro, se cabem os recursos interpostos pelos tantos advogados. Se o Tribunal deve ou não recebê-los. Após, se for o caso, o exame do mérito de cada recurso. Novas e muitas sessões de debates. Nesse meio tempo, talvez um, dois ou três ministros se aposentem. Serão suscitadas questões de ordem sobre quem pode e quem não pode votar. Sobrevirão recessos. Interrupções. Novas sessões. Decisões divergentes. Outros recursos. Redação de novos acórdãos. Publicações. Depois de tudo, quem sabe, a prescrição das penas. O falecimento de alguns. O esquecimento. A impunidade.
       Num exercício de raciocínio que à maioria, hoje, pode se afigurar como absurdo, suponhamos que nenhum réu condenado vá para a cadeia. Que o tempo jogue a favor deles. Que o sentimento da gente simples do povo que os quer ver no fundo do cárcere seja frustrado. E, então, será de se perguntar: Terá valido a pena tanto esforço? Terá sido tempo perdido?
      Certamente que terá valido a pena. As decisões já tomadas pelo STF têm um sentido histórico e simbólico que vai muito além da literalidade da lei. Esta define o crime e lhe prescreve penas. Esgota-se no que se chama de trânsito em julgado das decisões condenatórias ou absolutórias. A fase da execução das penas se desdobrará em novos incidentes, recursos, postulações e decisões. Alguns até poderão fugir do país, frustrando a execução. Mesmo assim, nem eles nem o Brasil serão os mesmos daqui para frente. Terão eles, em qualquer circunstância, fora ou dentro da cadeia ou do país, aprendido que, perante a história e a nação, foram irremediavelmente condenados. Teremos nós compreendido que o tempo joga sempre a favor do bem e da justiça. Que sociedades justas e felizes se constroem também por leis que podem ser burladas, mas, especial e fundamentalmente, pelo amadurecimento da consciência ética de seus cidadãos e governantes.
        E, por falar em consciência, esta, quando culpada, dói do mesmo jeito na cadeia ou no palácio. E dói sem tempo predeterminado de duração e sem se sujeitar a prazos de prescrição. Dói enquanto não der lugar à reabilitação, à transformação ética e ao ressarcimento. Porque justiça não é vingança. É instrumento pedagógico de equilíbrio e de transformação do indivíduo e da sociedade. É a arte de dar a cada um o que é seu.
        Em qualquer circunstância, tenho o nítido sentimento de que o Brasil sai radicalmente transformado desse episódio. Independente do que vier a ocorrer com os réus do “mensalão”, com este processo, estamos exorcizando o passado e pavimentando o futuro desta nação com valores éticos há muito presentes no espírito da lei, mas, talvez ainda obscurecidos ou ausentes de nossa consciência coletiva.
      
       Milton Medran Moreira
         Advogado e jornalista. Presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
       Artigo publicado no Jornal ZERO HORA de 23 de outubro de 2012




quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MOVIMENTO NACIONAL EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA


Meus Amigos
Como já foi amplamente divulgado, em 13 de janeiro de 2012, foi sancionado o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 306, de 2008, através  da Lei Complementar nº 141, que regulamentou a Emenda Constitucional (EC) nº 29, que, dentre outras medidas, assegurava o repasse integral de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública. Porém, a presidente Dilma Roussef, decidiu vetar 15 dispositivos do texto aprovado pelo Congresso Nacional. Dentre estes, desautorizou a destinação de 10% das Receitas Correntes Brutas da União (RCB) ao sistema público de saúde.

Mas, em 13 de Março de 2012, várias entidades representativas da sociedade civil, decidiram iniciar um movimento denominado MOVIMENTO NACIONAL EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA, que objetiva a coleta de 1.000.000 (um milhão) de assinaturas, para propor um Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que garanta o repasse dos 10% das RCB da União à saúde pública brasileira.

A representante da CEPABrasil – Associação Brasileira de Delegados e Amigos da Confederação Espírita Pan-Americana junto ao Conselho Nacional de Saúde, nossa amiga Sandra Regis, está integrada a esse Movimento e necessita coletar o máximo possível de assinaturas junto aos espíritas, incluindo seus familiares e amigos. Dependemos da união e máximo empenho de todos em ajudar na coleta de assinaturas..

Pedimos a gentileza de imprimirem o FORMULÁRIO que pode se obtido clicando neste link e, após, coletarem o maior número possível de adesões.

Enfatizamos a importância do preenchimento completo dos dados do formulário, além da assinatura ou a digital correspondente. Caso a pessoa não esteja na posse do título de eleitor, deve anotar o nome da mãe no verso do formulário.
A seguir, por favor, encaminhem as listas preenchidas e assinadas, até o dia 20/10/2012, via Correios, para o seguinte endereço:

SANDRA REGIS
Av. Senador Vergueiro 1550 apto. 24
Jardim Três Marias – São Bernardo do Campo – SP
CEP 09750-001

Mas, continuem a coletar assinaturas até o dia 30.11.2012. Por favor, façam uma segunda remessa de formulários até o dia 03.12.2012.
Sugerimos que as casas espíritas promovam um dia de atividade especial, solicitando a todos que levem seus títulos de eleitor para a devida coleta de assinaturas, deixando claro que se trata de um movimento que objetiva pleitear mais verbas para a saúde pública, e não tem qualquer vínculo ou conotação político-partidária.
Em nível individual, cada um poderá levar formulários para seus locais de trabalho, estudo, grupo de amigos, etc. para preenchimento e coleta de assinaturas.
Vamos fazer a nossa parte?
Agradecemos muitíssimo o empenho de todos.
Abraços.
Alcione Moreno - Presidenta da CEPABrasil.

domingo, 23 de setembro de 2012

CCEPA NA MÍDIA


O Papa e o laicismo
Nothing to kill or die for, no religion too. (John Lennon)

Andou muito bem o papa Bento XVI, em sua recente visita ao Oriente Médio, pedindo se respeite, ali, a liberdade religiosa e defendendo o laicismo por ele adjetivado como "saudável".

Por muito tempo, a Igreja condenou com veemência tanto a liberdade de crença quanto a laicidade da sociedade e do Estado. E não faz tanto tempo assim. Não precisamos retroceder à Idade Média e aos tempos em que vigorava, incontestavelmente soberana, a teocracia religiosa no Ocidente. Todo o século 19 e boa parte do há pouco findo século 20 serviram de cenário para uma tenaz luta da Santa Sé contra esses princípios, de origem secular. Em 1832, o papa Gregório XVI, na encíclica Mirari vos, chamava a liberdade de consciência de "pestilenta", denunciando que essa postulação do mundo liberal abriria caminho à perigosa introdução da "liberdade plena de opinião" e ao desenvolvimento das falsas religiões. Outra loucura, para ele, era a separação entre Estado e Igreja. Atrás disso, dizia, sobreviriam as maiores desgraças para as nações e para a fé. Essas mesmas ideias foram repetidas em sucessivas encíclicas de Pio IX e Pio X. O indiferentismo religioso, o laicismo, o relativismo em matéria de fé, o naturalismo e todas as liberdades de pensar, de crer ou deixar de crer, foram condenados com expressões arrasadoras, nas bulas e encíclicas papais do mundo moderno e contemporâneo. Na base dessas posições estava a ideia de que sem religião - ou, mais precisamente, sem a única religião verdadeira - não há moral, não há ética, não se sustenta uma sociedade saudável.

Acho que é a primeira vez que um sumo pontífice romano, nesse sermão pronunciado no Líbano (14/9/2012), agrega ao substantivo laicismo o adjetivo saudável. Mesmo deixando espaço ao entendimento de que existem outras formas de laicismo condenáveis, ou seja, aquelas que se ocupam de combater as crenças de cada um, fica expresso o reconhecimento de que laicidade não é sinônimo de imoralidade. É quase o reconhecimento explícito de que, com ou sem religião, há no ser humano uma vocação natural para o bem, para a ética, para o justo, para o progresso. Defendendo o pluralismo religioso, o Papa afina seu discurso com a modernidade. Mais do que isso, acenando para a prática do laicismo, reconhece que onde crenças religiosas se arvoram em juízes das atitudes humanas, descamba-se para graves violações aos direitos humanos. Não é por outra razão que o fundamentalismo religioso é o responsável, hoje, como o foi ao curso de toda a História, por nossas mais cruéis tragédias.

O mundo fica melhor na medida em que sua gestão política e social se liberta da tutela religiosa. Isso não significa divorciar-se da espiritualidade ou rejeitá-la. Só com o respeito ao pluralismo, às liberdades individuais e políticas, pode-se desenvolver a genuína espiritualidade. O autêntico laicismo sempre é saudável porque, sem combater crenças individuais, admite a existência de uma gama infinita de formas de interpretar o divino e o humano, a consciência e o universo, buscando, no conjunto de tudo, o sentido da vida.

Paradoxalmente, aqueles mesmos que, ainda ontem, rebelaram-se contra a vitória do laicismo sobre a ditadura da fé, reconhecem, agora, que só numa sociedade genuinamente laica há espaço para vicejarem e crescerem os verdadeiros valores do espírito. Sinal dos tempos! Bons sinais. Plenamente concordes com a sentença de Jesus de Nazaré, segundo quem "o espírito sopra onde quer". O que se pode ver é que, cada vez mais, espiritualidade passa a ser sinônimo de humanismo. Migra do inescrutável reinado do mistério e do dogma para o terreno aberto e democrático das experiências humanas contra cuja corrente, quase sempre, se posicionaram as castas sacerdotais. É a força do espírito livre, centelha divina presente no homem. A ela tudo, um dia se há de conformar. Inclusive as religiões, quando compreenderem que o verdadeiramente sagrado é o natural. Não o sobrenatural.

         Com ou sem religião, há no ser humano uma vocação natural
       para o bem, para a ética, para o justo, para o progresso

Milton Medran Moreira
Advogado e jornalista, presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre

Artigo publicado no Jornal ZERO HORA de Porto Alegre em 23 de setembro de 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

CCEPA NA MÍDIA


EDUCAÇÃO - A ALMA DA SOCIEDADE

         Todos nós que escrevemos para jornais da RBS fomos convidados a participar da campanha “A Educação precisa de respostas”.  Literalmente, vestimos a camiseta. Quanto a mim, vou guardar a foto que fiz para a campanha como parte de meu modesto currículo. Se quiserem, podem até colocá-la em meu túmulo. Se é que terei túmulo. Prefiro ser cremado. De meu corpo, aliás, façam o que quiserem. Quero mesmo é levar para a outra dimensão da vida o único patrimônio que, por lá, tem valor: o que aprendi e fiz de bom nesta encarnação.
 A vida terrena é uma escola para o espírito. Aprendemos uns com os outros. Todos temos algo a ensinar e aprender. Allan Kardec, que era um pedagogo, definiu a educação como “a arte de formar caracteres”, ou “o conjunto de hábitos adquiridos”. Outro escritor do Século 19, J.K Chesterton, disse que “a educação é simplesmente a alma de uma sociedade a passar de uma geração para a outra”.
A RBS lança a campanha no exato momento em que Estado e sociedade buscam soluções para a grave questão penitenciária. Presos superlotam as cadeias. Já não se sabe o que fazer com eles. Com o avanço da criminalidade, não se vislumbram soluções a curto prazo. Reeducar certos delinquentes é tarefa difícil. Não é fácil remover hábitos adquiridos. Pitágoras, um filósofo da Antiguidade, sabiamente recomendava: “Educa a criança e não precisarás punir os adultos”. Ele sabia que não há obra mais valiosa que a educação. É, sim, a alma da sociedade transmigrando de geração a geração.
Já perdemos tempo demais. É hora de se dar respostas. Para que as próximas gerações não sofram o que padecemos hoje.

Milton Medran Moreira
Crônica publicada no jornal "Diário Gaúcho" de 04 de setembro de 2012.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

XXI CONGRESSO - Santos

UM CONGRESSO PARA ESPIRITUALISTAS LIVRE PENSADORES

"Se acreditarmos em qualquer religião, isso é bom. Porém, mesmo sem uma crença religiosa, podemos nos arranjar.                             
Se quisermos acreditar, ótimo! Se não quisermos, tudo bem. É que existe um outro nível de espiritualidade.

 É o que chamo de 'espiritualidade básica' - qualidades humanas fundamentais de bondade, benevolência, compaixão, interesse pelo outro. Quer sejamos religiosos, quer não sejamos, esse tipo de espiritualidade é essencial.                                                                     
 Eu particularmente considero esse segundo nível de espiritualidade mais importante, porque, por mais maravilhosa  que seja uma religião específica, ainda assim ela só será aceita por uma parte da humanidade.

No entanto, enquanto seres humanos, enquanto membros da família humana consciente, todos nós precisamos desses valores espirituais básicos. Sem eles, a existência humana é difícil, é muito árida". (Dalai Lama)

 Você concorda com o pensamento de Dalai Lama?
A espiritualidade que pode emanar de cada um é mola propulsora para transformar pessoas e a sociedade, independente de religiões?
Terá a reencarnação influência no comportamento humano? Somos os que pensamos hoje ou influenciados por vivências múltiplas? 
Essas e muitas outras questões poderão ser discutidas em breve no XXI Congresso Espírita Pan-Americano, um encontro de alto nível com participação de pesquisadores e estudiosos do espiritismo das Américas e da Europa.
Você não pode perder. De 5 a 9 de setembro, na Universidade Santa Cecília, uma programação que mescla estudo, lazer, cultura e momentos inesquecíveis de confraternização.

Veja detalhes na página oficial: http://www.congressocepa2012.com.br/

 Inscreva-se. Contamos com sua participação.

terça-feira, 3 de julho de 2012

CCEPA NA MÍDIA


Artigo publicado no jornal Zero Hora de Porto Alegre em 03/07/2012
Como Pilatos no Credo
Milton Medran Moreira
Advogado e jornalista, presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre

Em recente estada na Bahia, comentei com um motorista de táxi detalhe que me chamara atenção nas bancas do Mercado Modelo. Em outros tempos, quase todas elas eram decoradas com orixás e símbolos do candomblé. Ao contrário, agora, senão a maioria, muitas delas privilegiam a presença de Bíblias, salmos e letreiros do tipo "Só Jesus salva".
O taxista me confirmou: a Bahia estava se tornando evangélica. Mas, ele não. Continuava católico e devoto dos orixás, assim como tinham sido Mãe Menininha e tantas outras expressões da religiosidade baiana. Sentindo meu interesse pelo tema, logo foi me perguntando: "E o senhor é católico?". "Não" - lhe respondi -,  "sou espírita." - "Católico e espírita é tudo a mesma coisa" - sentenciou o motorista, passando para outro assunto.

A recente divulgação dos resultados do Censo, relativamente às crenças no Brasil, parece confirmar um interessante fenômeno sociológico e antropológico que acontece entre nós: religião mesmo, no sentido de fé pessoal em dogmas e verdades eternas e imutáveis, só existe uma que cresce entre nós, a evangélica, nas suas múltiplas denominações pentecostais e neopentecostais. Todo o resto está subsumido num riquíssimo caldo de cultura, onde se desenvolve um espiritualismo abrangente, pluralista, não necessariamente religioso, mas aberto à busca de um novo entendimento acerca de Deus, do universo e do espírito. Temas, aliás, bem mais filosóficos do que religiosos.

A partir daí, parece-me correto concluir que o povo brasileiro se divide, hoje, em dois grandes blocos: os religiosos, representados majoritariamente pelos evangélicos; e os laicos, que, mesmo não se autodenominando como tais, assumem, na prática, uma postura livre-pensadora, aberta, plural e alteritária nas questões alusivas à espiritualidade.
Nesse sentido, talvez tivesse razão meu interlocutor baiano: católicos e espíritas são a mesma coisa, mesmo que as religiões das quais se digam adeptos preguem fundamentos teológicos e espiritualistas bem diferenciados. Sem que nem sempre eles próprios se apercebam, tornam-se cada vez menos religiosos e mais livre-pensadores. Na prática, isso reforça a existência de uma diáspora entre religião e espiritualidade. Pouco a pouco, a espiritualidade deixa os templos para habitar o coração e a mente das pessoas livres.

No que diz com o espiritismo, era exatamente assim que o pensava seu fundador, Allan Kardec (1804/1869). Jamais o concebeu como uma religião, mas como uma área de estudo que teria como objeto o "espírito". Do conhecimento gerado por esse tipo de estudo, pesquisas e experiências, admitia defluiriam consequências de ordem ética. Isso, no entanto, não o confundiria com a moral religiosa, historicamente conflitante com o humanismo, o pluralismo e o progresso da humanidade.

Por tudo isso, e mesmo que o espiritismo apareça no censo do IBGE como a terceira "religião" que mais cresceu no país (passando de 1,3% da população para 2%), penso que ele entra, nessa e noutras pesquisas sobre religiões no Brasil, como Pilatos no Credo, isto é, meio fora de contexto. Prefiro somá-lo aos 8% de brasileiros que se declararam "sem religião", assim como aos milhões de católicos e livre-pensadores já não mais comprometidos com os dogmas de sua cultura ou tradição religiosa. Na grande maioria, somos profundamente crentes nas potencialidades infinitas do espírito humano, no seu progresso e na sua evolução, além dos limites da matéria, regido por leis cósmicas inteligentes, emanadas de uma causa primeira, suprema inteligência do universo. Isso nada tem a ver com religião e muito menos com as correntes religiosas que mais crescem no Brasil.

sábado, 28 de abril de 2012

CCEPA EM SANTA MARIA


INTERCÂMBIO CCEPA-ESTUDO E CARIDADE

Como parte das comemorações do 85º aniversário da S.E. Estudo e Caridade, de Santa Maria, o presidente do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, Milton Medran Moreira, esteve naquela instituição, na noite de 26 de abril, proferindo palestra sobre o tema "Espiritismo e Direitos Humanos".
Na oportunidade, Medran saudou dirigentes e trabalhadores da instituição aniversariante, mantedenora da obra social Lar de Joaquina, destacando a histórica ligação daquela casa com o Centro Cultural Espírita de Porto Alegre.
O novo auditório, recentemente construído, da tradicional casa espírita santamariense esteve lotado para a conferência.
Na programação de aniversário de Estudo e Caridade, entre outras atividades doutrinárias, o físico e escritor gaúcho Moacir de Araújo Lima fez conferência, na noite de 13 de abril, sobre o tema "Ciência e Espiritualidade". José Dorneles Budó, ex-presidente da Estudo e Caridade e Delegado da CEPA em Santa Maria, falou, na noite de 21 de abril, sobre "Laicismo e Espiritismo".
Neste sábado, 28 de abril, um animado jantar dançante, com mais de 400 participantes, encerra as solenidades comemorativas ao 85º aniversário da entidade que, recentemente, concluiu as obras de moderno prédio de três andares para abrigar o Lar de Joaquina, obra social muito cara à comunidade da cidade gaúcha de Santa Maria.

FLAGRANTES DA CONFERÊNCIA DE MEDRAN


quarta-feira, 18 de abril de 2012

CCEPA EM ILÓPOLIS

Foi um domingo de troca de
emoções e experiências.

 Um grupo de cerca de 30 integrantes do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre – CCEPA -, a convite do Grupo de Estudos da Doutrina Espírita de Ilópolis, “a cidade da erva mate"– esteve naquela aprazível comunidade serrana gaúcha.

Recebidos com muito carinho, participaram de um almoço típico italiano, visitaram pontos aprazíveis da cidade e reuniram-se no Museu do Pão para a atividade da tarde: uma conferência de Salomão Jacob Benchaya, Diretor de Estudos Doutrinários do CCEPA, versando sobre “O Que é o Espiritismo”.

Com o pequeno auditório superlotado por interessados no conhecimento espírita das cidades de Ilópolis, Arvorezinha, Anta Gorda, Lajeado e Soledade, a palestra de Salomão foi seguida de interessante mesa-redonda, tendo como provocadores Milton Medran Moreira (CCEPA), Júlio César Giacomini (S.E.Luz e Caridade/Soledade/RS) e Victor Emanuel Cristofari (CCEPA).

Os visitantes ainda foram brindados com um saboroso café colonial, antes de seu regresso a Porto Alegre.

Durante o evento, o Grupo de Estudos de Ilópolis comunicou que será identificado, a partir de agora, como “Grupo Borboletas Azuis”, lembrando a alegoria da borboleta como símbolo da alma humana.


Abaixo alguns registros fotográficos do encontro:




quarta-feira, 11 de abril de 2012

Presidente do CCEPA participa de memorável encontro em Cuba

I Encuentro Espirita
Cuba-Latinoamerica – Um sucesso!

Promovido pela CEPA, com o prestígio de dirigentes e colaboradores das instituições espíritas cubanas “Consejo Supremo Nacional Espiritista de Cuba”, “Sociedad Enrique Carbonell” e “La Voz de los Misioneros de Jesus”, realizou-se, de 29 a 31 de março último, em Havana, Cuba, o I Encuentro Espirita Cuba-Latinoamerica”.
Para o presidente da CEPA, “el encuentro fue muy gratificante, una sorpresa muy agradable e esperanzadora”. Segundo Dante López, “los espiritistas cubanos estaban esperando a CEPA, asi lo manifestaran”, acrescentando: “Creo que tenemos um buen camino para recorrer junto a ellos, tienen mucho para ofrecer y necesidad de material y experiencias que CEPA tiene disponibles”. Em sua conferência de abertura, o presidente da CEPA resgatou fatos históricos envolvendo a CEPA e o Espiritismo cubano, proclamando: “Bienvenida Cuba nuevamente a CEPA!”.
Por sua vez, em mensagem dirigida ao presidente da CEPA, logo após o encontro, Justo Pastor, organizador do evento em Cuba, comovido, declarou: “Aun no salimos de la emoción y alegria que significo que vosotros se sintieran como em vuestra casa. Todos los participantes así me lo manifestaran”. Referindo-se à participação plural de espíritas cubanos no evento, Pastor sugeriu uma maior integração CEPA-Cuba, declarando: “Aunque no los tengamos en el seno de nuestra organización vale la pena tratar con personas sinceras pues exponen sus puntos de vista sin temor y con mucho amor. Seria muy provechoso un recorrido por sus Provincias y Sociedades. Hay que pensarlo.”.
No encerramento do Encontro, receberam credenciais como Delegados Especiais da CEPA em Cuba: Justo Pastor, Yunior Morán e Amália Durán.

domingo, 25 de março de 2012

CCEPA REALIZA CONFERÊNCIA PÚBLICA EM ILÓPOLIS


Uma caravana com cerca de 30 colaboradores do CCEPA organiza-se para um encontro, no próximo dia 15 de abril, com os companheiros do Grupo de Estudos Espíritas de Ilópolis, a simpática cidade da erva mate,

O ponto culminante do encontro será a conferência pública proferida pelo economista Salomão J. Benchaya, Diretor de Estudos Espíritas do CCEPA, no auditório do histórico Museu do Pão, seguida de um debate com o público presente sobre a identidade, significado e consequências do conhecimento espírita.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MILTON MEDRAN MOREIRA E ELOÁ BITTENCOURT INICIAM NOVO PERÍODO ADMINISTRATIVO NO CCEPA

Em cerimônia singela realisada na noite de 2 de janeiro foi empossada a Diretoria responsável pela  administração do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre até o final de 2013.
Na ocasião, além da palavra do Presidente eleito e de sua Vice, pronunciaram-se os associados Maurice Jones, Salomão Benchaya, Ubirajara Fauth e Victor Christofari enaltecendo as qualidades dos empossados e almejando sucesso na tarefa de sustentar e ampliar o esforço da instituição  na divulgação de uma visão livre pensadora e progressista do Espiritismo.


domingo, 22 de janeiro de 2012

REVISTA ESPÍRITA HISTÓRICA E FILOSÓFICA nº 19 EM PDF

Amigo assinante

O ano de 2011 foi muito importante para nossa revista. Além de alargarmos nossas relações pelo crescente número de assinantes, completamos um ciclo exitoso de 12 números em formato digital.
Neste número você encontrará um ótimo artigo de Humberto Schubert Coelho, onde o autor reflete sobre a importância de Kant para pensar o espiritualismo.
Recolhemos um trecho de obra de Guizot, A Igreja e a sociedade cristã em 1861, publicado por Allan Kardec em dezembro de 1861 com o título O Sobrenatural.
A revista apresenta também uma resenha feita por Cristian Macedo da belíssima HQ “Kardec”, escrita por Carlos Ferreira e desenhada por Rodrigo Rosa, quadrinistas gaúchos.
Não esqueça de renovar sua assinatura, pois em 2012 muitas reflexões e pesquisas sobre o Espiritismo estarão em nossas páginas!
Maria Carolina Gurgacz

A conta para depósito é:
Caixa Federal - Maria Carolina Gurgacz
Agência 0478 - Conta poupança: 013.00006084-6